Medicina da dor e intervenção em dor
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Os efeitos da aplicação da toxina botulínica são amplamente conhecidos e utilizamos para o tratamento da dor orofacial, cefaleias, neuralgia do trigêmeo, neuralgia pós herpética, tendinites, dores articulares, espasticidade, polineuropatia periférica e dor complexa regional.
Conhecida como doença do suicídio a neuralgia do trigêmeo é considerada uma das piores dores que o ser humano pode experimentar. Ocorre com mais frequente em pacientes idosos e ligeiramente mais frequente em mulheres. O nervo trigêmeo é o responsável pela sensibilidade da nossa face e os pacientes atingidos por essa patologia apresentam dores lancinantes e insuportáveis. O tratamento pode variar de uso de medicação, aplicação de toxina botulínica, técnicas percutâneas como balão e radiofrequência além do tratamento cirúrgico destinados aos casos refratários as medidas anteriores.
Mais conhecida como bomba de morfina é um dispositivo que libera medicação de maneira automática através de um cateter diretamente dentro da coluna próximos aos nervos da região onde o paciente sente dor. É um sistema totalmente implantável, não apresenta nenhuma parte externa ao corpo do paciente. Realizamos a sua colocação através de uma agulha e dois pequenos cortes: um na coluna e outro no abdomen de maneira superficial podendo ser realizado com anestesia local e sedação com alta no mesmo dia. Além de morfina podemos utilizar outras medicações que nos auxiliam no controle da dor. Indicado para os pacientes com lombalgia persistente após cirurgia de coluna, dores neuropáticas, dor complexa regional, espasticidade e é o padrão ouro no tratamento da dor oncológica.
As dores de cabeça são uma das principais queixas de dor na população geral e a segunda causa de procura ao pronto atendimento. As cefaleias mais comuns são as do tipo tensional e enxaqueca. Realizamos o tratamento clínico e de intervenção em dor nesses casos através de medicações, bloqueios de nervos, aplicação de toxina botulínica e para os casos mais graves implante de eletrodos medular e de nervos occiptais.
A dor na coluna cervical é muito frequente e limita as atividades diárias com perda da qualidade de vida. As causas mais comuns são as dores musculares miofasciais, apertamento dentário, dores das articulações facetarias e as hérnias discais. O diagnóstico correto da dor pode ser realizado através de anamnese, exame físico, exames de imagem e se necessário bloqueios testes. O tratamento pode ser realizado através de medicamentos, reabilitação e fisioterapia, inativação de pontos gatilhos, aplicação de toxina botulínica e em casos refratários técnicas de intervenção.
Estima-se que até 11% da população mundial conviva com a fibromialgia. Mas outras doenças que não a fibromialgia também podem provocar dores generalizadas. Para que o diagnóstico correto seja firmado lançamos mão de uma boa anamnese, exame físico e exames de laboratório e imagem podem ser utilizados. Tratamentos medicamentosos, terapia venosas, técnicas de reabilitação e uso de novos recursos tecnológicos podem ser utilizados.
A osteoatrite é sinônimo de osteoartrose e atinge uma parcela significativa da população sendo responsável por 7% do total dos afastamentos do trabalho por doença. A osteoartrite (artrose) é uma doença que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas, entre elas os osteófitos, conhecidos, vulgarmente, como “bicos de papagaio”. Medicações analgésicas, anti-inflamatórios associados a atividade física e controle do peso são de grande auxilio. Para os casos mais graves bloqueios articulares, viscossuplementação, técnicas de medicina regenerativa e denervações articulares como bloqueio dos nervos das articulações dos joelhos, quadril e ombros guiado por raio x ou ultrassom trazem grandes resultados no controle da dor e melhoria da qualidade de vida.
Até 90% dos pacientes com câncer irão apresentar dor de moderada a forte intensidade ao longo do tratamento oncológico e até 30% irá necessitar de tratamentos mais intensivos para o controle da dor. O tratamento adequado e precoce da dor oncológica além de evitar o sofrimento desnecessário melhora a qualidade de vida e a sobrevida desses pacientes. Muito mais do que o uso do morfina hoje dispomos de técnica avançadas, minimamente invasivas e bastante eficientes para o controle da dor oncológico como bloqueios e implantes de bombas de fármacos.
Mulheres costumam ser afetadas com mais frequência devido principalmente a endometriose mas homens também podem ser afetados. A pelve é formada por diversas estruturas como ossos, ligamentos, músculos, órgãos como útero, ovário, bexiga e próstata. Todas essas estruturas podem ser causa de dor e é muito comum a associação de diferentes causas para a dor pélvica. O diagnóstico preciso pode requerer o uso de bloqueios testes. Medicações, reabilitação e fisioterapia, aplicação de toxina botulínica, inativações de pontos gatilhos, bloqueios venosos, bloqueios na coluna e nos casos mais graves implantes de eletrodos de estimulação sacral, podem ser utilizados para o tratamento das dores pélvicas complexas.
Principal queixa de dor crônica nos consultórios de dor a dor muscular denominada dor miofascial é uma causa importante de perda de qualidade de vida e absenteísmo no trabalho. Atingindo pacientes cada vez mais jovens devido ao sedentarismo e aumento do estresse pode atingir qualquer musculo em nosso corpo sendo os mais frequentes os músculos da face especialmente da mastigação, cervical, ombros e músculos da cintura escapular, lombar e cintura pélvica. Sedentarismo associado a sobrecarga dessas musculaturas especialmente devido ao trabalho em posturas inadequadas levam a fraqueza e contratura muscular sustentada gerando dor continua nessas regiões. Fisioterapia para liberação desses pontos de dor associado a técnicas de infiltrações, aplicações de toxina botulínica, medicações analgésicas, anti inflamatórios e relaxantes musculares podem ser utilizados para o tratamento da dor. Atividade física com alongamentos e fortalecimentos associado a melhoria da postura no trabalho são fundamentais para o controle da dor miofascial.
O herpes zoster atinge pacientes mais idosos e causa dor de forte intensidade e difícil tratamento. Atinge pacientes com mais frequência a partir dos 50 anos. O herpes zoster é causado pelo vírus Varicela zoster que provoca a varicela quando somos crianças e fica posteriormente latente adormecido no nosso sistema nervoso particularmente próximo a medula. Quando envelhecemos nossa imunidade celular naturalmente diminui e o vírus aproveita para fazer uma nova infecção mas agora escolhendo um único nervo. As regiões mais comumente afetadas são a face, tórax, abdômen e quadril mas também pode ocorrer em mãos e pés. Até 30% dos pacientes após o episódio de herpes zoster podem evoluir com dor crônica. Medicamentos orais e tópicos podem ser utilizados, além da aplicação de toxina botulínica, bloqueios de coluna e de nervos e até o mesmo o implante de eletrodo de estimulação medular pode ser utilizado.
Utiliza técnicas que promovem a recuperação dos tecidos e assim tratam e resolvem a dor. Dispomos de injeções de medicamentos específicos para esse fim como ácido hialurônico, além da injeção de biológicos como BMA, aspirado de medula óssea, plasma rico em plaquetas, proloterapia e terapia por ondas de choque. Utilizamos para o tratamento das dores articulares, artroses, bursites, tendinites, dor miofascial e pseudoartrose.
Técnica que utiliza a passagem de corrente elétrica nos nervos através de agulhas especiais para o tratamento da dor. Pode ser utilizado para o tratamento das dores em coluna, dores oncológicas, dores de nervos periféricos e dores de cabeça.
Diversas substâncias com propriedades medicinais podem ser extraídas da planta Cannabis. Podemos utilizar essas substâncias também para o tratamento de dores crônicas que não responderam a outros tratamentos.
Queixa comum no nosso consultório de dor pode ter diferentes causas. As mais frequentes são o apertamentos dentários e bruximos, a dor miofascial, a disfunção temporo mandibular, dor irradiada vinda da cervical e as neuralgias, entre eles a mais grave a neuralgia do nervo trigemio. O tratamento depende da causa e uma boa investigação faz parte do planejamento terapêutico que será realizado com medicações, reabilitação, uso de placas noturnas, bloqueios de nervos, bloqueios intra articulares e nos casos refratários técnicas de intervenção em dor.
É a infusão de medicamentos e vitaminas de maneira endovenosa, subcutânea ou intramuscular.Podemos utilizar para o tratamento de diferentes doenças e melhora da performance física e cognitiva.
Consiste em um dispositivo que é colocado dentro da coluna em proximidade com a medula através de uma agulha e que ligado a um gerador transmite uma corrente elétrica que bloqueia e modifica a condução do estímulo de dor. Também pode ser implantado diretamente sobre nervos. O sistema é completamente implantável, sem nenhuma parte externa e permite inclusive a prática de atividade física. Indicado para os pacientes com lombalgia persistente após cirurgia de coluna e para cervicalgia persistente, dores neuropáticas, dor complexa regional, polineuropatia periférica, neuralgia pós herpética, dor pélvica crônica e cefaleias.
É uma das principais queixa de dor no pronto socorro. Gera perda de qualidade de vida e redução de produtividade. 90% das pessoas terão um episodio de lombalgia aguda ao longo das suas vidas. Nem toda dor lombar é causada por hérnia de disco e nem toda dor lombar necessita de cirurgia. Realizamos o tratamento das lombalgias com técnicas minimamente invasivas com radiofrequência, bloqueios anestésicos, medicina regenerativa e aplicação de toxina botulínica associada a medidas de reabilitação e fisioterapia. As indicações de cirurgia para coluna estão cada vez mais restritas a casos muito específicos.
Minha formação inicial é como médica anestesiologista e na sequência realizei a formação de dor e a minha titulação de “Área de atuação em dor”, nome da especialidade. Já durante a minha formação em anestesiologia me interessava pelos cuidados ao paciente com dor. Sou certificada em intervenção em dor pela World Institute of Pain como Fellow Interventional Pain Pratice – instituição reconhecida mundialmente por reunir os melhores médicos intervencionistas em dor.
O nosso foco de atuação é em procedimentos minimamente invasivos para o tratamento da dor que chamamos de Intervenção em Dor. São procedimentos guiados por alguma forma de imagem como raio X em tempo real ou ultrassom que realizamos para diagnóstico da causa da dor e para o tratamento preciso.
São os bloqueios Dra? Sim e muito mais do que isso! Quando falamos em bloqueios estamos sendo bastante “genéricos”. Se pudéssemos resumir nossa atuação diríamos que o intervencionista em dor utiliza além das injeções, conhecidas como bloqueios, técnicas bastante modernas e recursos avançados como implante de eletrodos de estimulação medular, radiofrequência e implante de bomba de fármacos. Isso faz com que grande parte dos casos de dor sejam aliviados e controlados.
Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis.
René Descartes (1596 – 1650)
Currículo:
Médica pela Universidade Federal do Paraná.
Residência Médica em Anestesiologia pelo Hospital de Clinicas – UFPR/PR
Pós graduação em Dor pelo Centro de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês.
Pós graduação em Anestesia Regional guiado por ultrassom pelo Centro de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês.
Intervenção em Dor pela Singular- Campinas/ SP
Intervenção em Dor pelo Centro de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês.
Fellow Interventional Pain Pratice – World Institute Of Pain
Especialista com Área de atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira- AMB
Título Superior em Anestesiologia pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
MBA gestão em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas
Co-responsável pelo CET de anestesiologia do Hospital Universitario Cajuru- Curitiba/ PR
Responsável pelo Serviço de Dor Crônica do Hospital Universitário Evangélico Makenzie- Curitiba/PR.